Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia, da Suécia e da Finlândia reúnem-se esta sexta-feira para rever acordo assinado em junho, em Madrid, sobre a adesão dos países nórdicos à NATO.
Inicialmente, a Turquia vetou o processo alegando questões de segurança devido ao acolhimento de militantes curdos, classificados por Ancara como terroristas. Mas o veto acabou por ser levantado.
Esta decisão permitiu a assinatura dos protocolos de adesão, mas ainda é necessária a ratificação pelos parlamentos de todos os 30 Estados-membros da NATO para que os dois países se tornem membros de pleno direito, um processo entretanto iniciado.
A Turquia fala em progressos substanciais, depois de a Suécia ter anunciado a extradição de duas pessoas, pelo menos uma com ligações confirmadas ao partido curdo do PKK.
No entanto, Erdogan já referiu por diversas vezes que o Parlamento turco não aprovará a ratificação caso os dois candidatos não cumpram todas as exigências de Ancara, e que incluem a extradição de dezenas de pessoas acusadas de “terrorismo”.
A Suécia e a Finlândia solicitaram o ingresso na NATO a 18 de maio, pondo termo à sua tradicional política de não alinhamento devido à guerra na Ucrânia, apesar de já manterem há décadas uma estreita cooperação com a organização militar ocidental.
O princípio da defesa coletiva da NATO, segundo o qual um ataque contra um aliado equivale a um ataque contra todos, só se aplicará à Finlândia e à Suécia quando estes se tornarem membros de pleno direito da Aliança, uma vez concluído todo o processo de adesão.