Depois de anunciados publicamente os resultados finais das eleições em Angola, e que confirmaram a vitória com maioria absoluta do MPLA, Ricardo Costa destaca como novidade face aos resultados provisórios, “a questão da abstenção, que é bastante alta para uma democracia nova” como é a de Angola.
“Ou seja, votaram 6,4 milhões e abstiveram-se quase oito milhões, um número muito forte nos tais quase 14 milhões de eleitores”, com o MPLA a perder 26 deputados e a UNITA a ganhar mais 30 deputados do que tinha no anterior parlamento
“O MPLA apanhou um grande susto com o que perdeu em Luanda, é uma derrota brutal na capital", pelo que, considera, "caso haja autarquias em 2023, a UNITA vai ganhar muitas autarquias país fora, o que é uma mudança brutal do ponto de vista histórico. Estamos a falar de um país que é governado pelo mesmo partido desde 1975 ininterruptamente”
A questão, neste momento, é saber “como vamos sair daqui. Essa continua a ser a grande incógnita”, tendo em conta que a UNITA não concorda com estes resultados.