O sangue de 14 astronautas do programa “space shuttle” da NASA mostrou sinais de mutação ao fim de 20 anos. As mutações observadas nos genes foram inferiores a 2%. No entanto, o estudo divulgado na semana passada reforça a importância de monitorizar os astronautas para o risco de desenvolver cancro.
Isto porque os indivíduos que ultrapassem o limite de 2%, considerado preocupante, correm mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares e algumas formas de cancro. Para chegar a esta conclusão foram feitas análises a sangue de astronautas preservado durante 20 anos.
Estes astronautas fizeram parte das missões do “space shuttle” da NASA, entre 1998 e 2001, missões essas que duravam em média 12 dias cada. As amostras de sangue foram recolhidas 10 dias antes da partida e uma segunda vez no regresso à Terra.
Com este estudo, os investigadores pretendem alertar para a importância de submeter os astronautas a análises regulares, de forma a monitorizar possíveis mutações do ADN ao longo do tempo.
“A presença dessas mutações não significa necessariamente que os astronautas desenvolverão doenças cardiovasculares ou cancro, mas existe o risco de que, com o tempo, isso possa acontecer através da exposição contínua e prolongada ao ambiente extremo do espaço profundo”.