O líder da NATO, Jens Stoltenberg, está esta sexta-feira na Turquia, para uma visita de três dias para convencer Ancara a ratificar as adesões da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica. Em causa estão várias exigências por cumprir por parte do Governo sueco que tem um novo primeiro-ministro que pode agora desbloquear o impasse, como explica o correspondente da SIC na Turquia, José Pedro Tavares.
Este é já um tema que se arrasta há vários meses e, para já, parece não ter fim à vista. A Turquia mantém-se intransigente e reivindica o cumprimento das exigências por parte da Suécia.
Em causa está a extradição de dezenas de pessoas que Ancara classifica como terroristas e que se encontram atualmente em território sueco. O Governo de Erdogan pretende que o país escandinavo envie os 73 indivíduos para a Turquia, uma vez que tal ainda não aconteceu.
Contudo, essa hipótese ganha agora uma nova força, uma vez que há um novo Governo na Suécia que poderá alterar o rumo dos acontecimentos.
O novo primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, irá deslocar-se, inclusive, na próxima semana à Turquia de forma a desbloquear a situação, após a visita do secretário-geral da NATO, também a Ancara, que se inicia esta quarta-feira e se estende até domingo.
Em contraponto, os turcos parecem estar satisfeitos com a Finlândia e apontam que os escandinavos já cumpriram com aquilo que tinham prometido.
Recorde-se que o Governo turco já reiterou que sem a extradição destas dezenas de pessoas, a Turquia não ratificará a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. A Hungria é outro dos países que ainda não ratificou o acordo, mas o Governo húngaro já garantiu que até ao final do ano o irá fazer.