Os dirigentes do G20 vão reunir-se na ilha indonésia de Bali até quarta-feira, com a expectativa do encontro inédito entre os presidentes chinês e norte-americano, mas também com a anunciada ausência do líder russo.
O tabu sobre a presença Vladimir Putin na ilha a que chamam "dos deuses" só foi desfeito na quarta-feira passada, quando o seu gabinete confirmou em definitivo que não iria a Bali.
O Kremlin disse que a decisão foi tomada pessoalmente por Putin e justificou-a com razões de agenda e a necessidade de o Presidente permanecer na Rússia.
Bali acolherá, na segunda-feira, véspera da cimeira de dois dias do G20, o muito antecipado encontro entre Xi Jiping e Joe Biden, o primeiro a nível pessoal como presidentes da China e dos Estados Unidos, já que se conheciam de outras funções.
Os líderes das duas maiores economias mundiais têm falado por telefone desde que Biden iniciou o mandato na Casa Branca, em janeiro de 2021, mas a pandemia de covid-19 tem impedido encontros "cara a cara". Até Bali.
Washington anunciou que Biden pretende sensibilizar Xi para desempenhar "um papel construtivo na contenção das piores tendências" da Coreia do Norte, a forma diplomática de pedir a Pequim que exerça a sua influência em Pyongyang, numa altura em que se receia que o regime de Kim Jong-un realize um teste nuclear.
Criado em 1999, o G20 reúne 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e Reino Unido) e a União Europeia.