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ONU exige libertação de mulheres sequestradas por jihadistas

ONU exige libertação de mulheres sequestradas por jihadistas
John Minchillo

Pelo menos 50 mulheres foram raptadas em Burkina Faso, país no Oeste de África que se encontra sob ataques de extremistas ligados ao Daesh.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk expressou esta segunda-feira a sua preocupação com a situação de pelo menos 50 mulheres sequestradas por fundamentalistas islâmicos no Burkina Faso, e pediu a sua libertação "imediata e incondicional".

"Dezenas de mulheres que saíram em busca de comida para as suas famílias foram sequestradas em plena luz do dia, no que pode ser o primeiro ataque deliberado desse tipo contra mulheres no Burkina Faso", disse o alto-comissário austríaco num comunicado.

Os factos ocorreram a 12 e 13 de janeiro nas proximidades da cidade de Arbinda, no nordeste de Burkina Faso, região fronteiriça com o Mali e o Níger onde são comuns ataques de movimentos fundamentalistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico.

No primeiro dia, 40 mulheres foram raptadas e no segundo por volta de 20.

Algumas mulheres conseguiram escapar dos alegados extremistas e notificar as autoridades locais logo após serem atacadas.

Türk também exigiu uma investigação independente a esses sequestros, para determinar os responsáveis.

O alto-comissário dos Direitos Humanos foi nomeado em Setembro de 2022 pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Türk tem 58 é austríaco, advogado e tem ligações com a ONU desde 1991.

Desde 2015 que o país Burkina Faso está sob ataque de grupos jihadistas do Estado Islâmico, especialmente a região de Arbinda que se encontra rodeada de jihadistas e com falta de recursos alimentares.