A região de Quelimane, no centro de Moçambique, está a ser, mais uma vez, atingida pela tempestade Freddy, a mesma que já há umas semanas tinha provocado 10 vítimas mortais e grandes estragos. Há, pelo menos, um morto confirmado.
As ruas estão completamente alagadas, sobretudo nos bairros periféricos de Quelimane. Há inundações por todo o lado, estradas e casas destruídas e palmeiras caídas por causa da força do vento.
Quase três semanas depois, o ciclone Freddy, volta a passar pelo centro de Moçambique e o desabamento de uma casa provocou uma vítima mortal e muitas pessoas ficaram sem teto.
A maior parte das habitações dos arredores de Quelimane tem poucas condições e são estruturas frágeis, cobertas por placas de zinco, que não resistem às rajadas do ciclone. Dentro da cidade, os habitantes, tentam proteger as casas e lojas, como podem.
O temporal começou na noite de sexta feira e avançou para o interior da província da Zambézia, onde a chuva intensa e o vento forte se devem manter, pelo menos, até terça feira.
Os meteorologistas dizem que se vai estender até Malawi e que são esperadas rajadas de mais de 215 quilómetros por hora. Há, ainda, o risco de deslizamentos de terras e de enxurradas.
As Nações Unidas dizem que mais de dois milhões e 300 mil pessoas vivem nas zonas em perigo e que os estragos que o mau tempo vai causar vão obrigar a um reforço dos esforços de todas as agências e organizações humanitárias que operam na região.
Da primeira vez que o ciclone Freddy atravessou Moçambique, a 24 de fevereiro, matou 10 pessoas e deixou centenas de desalojados.
Desde 1899, há 124 anos portanto, quando começaram a ser monitorizadas as grandes tempestades mundiais, só há registo de 3 ciclones que duraram mais de 22 dias. O Freddy é um deles.