Os Estados Unidos querem fazer do caso Jack Teixeira um exemplo. O jovem militar luso-descendente arrisca uma pena de prisão pesada depois de ter sido esta sexta-feira formalmente acusado de partilhar documentos secretos.
"Sem consequências graves é como Joe Biden descreve a fuga de documentos confidenciais do Pentágono e que causaram embaraço em Washington. Revelam estratégias militares russas e planos sobre o conflito na Ucrânia.
É a mais grave violação da segurança dos Estados Unidos desde o caso WikiLeaks, em 2010, quando mais de 700 mil documentos e vídeos
foram divulgados na Internet.
Cauteloso, o Presidente norte-americano não tem para já respostas.
A única certeza parece ser quanto ao suspeito: Jack Teixeira, um luso-descendente de 21 anos, membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts. Foi formalmente acusado de posse e divulgação ilegal de documentos secretos dos Estados Unidos.
Compareceu esta sexta-feira no Tribunal Federal de Boston, um dia depois de ser detido pelo FBI.
Com este caso, as autoridades norte-americanas pretendem fazer de Jack Teixeira um exemplo. As penas previstas vão até dez anos de prisão
por cada informação secreta norte-americana divulgada. No caso do militar, e segundo o jornal The New York Times, o total pode ser superior a cem documentos.