No Sudão, e à entrada na segunda semana de combates, o homem-forte da Junta Militar diz que todos perdem com a guerra e defende o diálogo com os rebeldes. O conflito, iniciado a 15 de abril, já provocou mais de quatrocentos mortos e três mil e quinhentos feridos.
À segunda semana de guerra, o Exército sudanês garante que controla já praticamente todo o país. O homem-forte da Junta Militar acusa os rebeldes das Forças de Apoio Rápido de se esconderem nos bairros residenciais de Cartum e de usar os civis da capital como escudos humanos.
Em Cartum e arredores, palcos principais dos combates, falta água, comida e energia elétrica, os hospitais estão fechados, e a situação é cada vez mais desesperante para os cinco milhões de habitantes.
De Cartum para paragens mais seguras continuam a tentar fugir diariamente muitos habitantes, mesmo que tenham que pagar o que nunca pensaram pagar por um bilhete de saída da cidade.
Conflito começou há oito dias
Na origem desta guerra, que dura há oito dias e já provocou mais de quatrocentos mortos e três mil e quinhentos feridos, está a rivalidade entre os dois generais mais poderosos da Junta Militar que governa o Sudão.
O general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, recusa acatar as ordens do general Abdel Fattah al-Burhan e rejeita a integração dos seus cem mil homens das Forças de Apoio Rápido no exército sudanês.