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Perspetiva inédita do Titanic em 3D revela detalhes do navio no fundo do mar

O "maior projeto de scan subaquático da História" dá a conhecer pormenores que podem conduzir a novas conclusões sobre o naufrágio que aconteceu em 1912.

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Cerca de 1.500 pessoas morreram quando o Titanic chocou contra um iceberg durante a sua viagem inaugural. Foi o mais trágico naufrágio de um navio transatlântico. Entre os vários projetos relacionados com esta tragédia, destaca-se agora a divulgação desta perspetiva em 3D que mostra os restos da embarcação debaixo de água, mas como se não o estivesse.

O modelo 3D em tamanho real foi criado com dados recolhidos por dois submergíveis - Romeu e Julieta - durante uma expedição de seis semanas ao local do naufrágio no Atlântico Norte, no verão de 2022.

A missão reuniu dados do naufrágio a 3.800 metros de profundidade.

Os cientistas envolvidos no projeto descrevem-no como "desafiante" e consideram que permite "reinterpretar completamente" a compreensão do naufrágio, a 15 de abril de 1912.

Este projeto foi levado a cabo por uma empresa de mapeamento de águas profundas, a Magellan Ltd, e pela Atlantic Productions, a realizar um documentário sobre o projeto.

Com o scan foram captadas 700.000 imagens de todos os ângulos, permitindo uma reconstrução tridimensional da proa coberta de estalactites de ferrugem, dos destroços, assim como de objetos que resistiram ao naufrágio.

Apesar do muito que se tem escrito e ficcionado sobre o trágico acontecimento, persistem dúvidas sobre como tudo realmente aconteceu.

"Nós realmente não entendemos muito sobre a colisão com o iceberg. Não sabemos se o navio foi atingido a estibordo, como está demonstrado em todos os filmes, o navio pode ter encalhado", explicou o investigador Parks Stephenson, em entrevista à cadeia de televisão britânica BBC.