Liliana Reis, professora de Relações Internacionais, considera que a instabilidade na Ásia está a crescer. Sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, duvida que os drones utilizados nos ataques a Moscovo tenham sido lançados do território de Zelensky.
Um satélite lançado pela Coreia do Norte fez soar os alarmes na Coreia do Sul e no Japão. As autoridades dos dois países temeram um míssil balístico e foram dadas ordens de evacuação que, entretanto, já foram levantadas. A Coreia do Norte fala num satélite de reconhecimento para monitorizar as ações dos Estados Unidos na região.
"Já em 2012 e 2016 a Coreia do Norte disse que iria lançar satélites. O que é certo é que eram mísseis balísticos", afirma.
A professora de Relações Internacionais diz que há uma "dupla questão": perceber se se trata de satélites e não de mísseis balísticos e a tecnologia utilizada.
"O que conseguimos perceber é que as tensões entre o Ocidente, a China e a Coreia do Norte estão efetivamente a subir", refere, acrescentando, aliás, que a "instabilidade na Ásia" está, no geral, a crescer.
Nesse sentido, considera que "este tipo de ensaios", referindo-se ao satélite lançado pela Coreia do Norte, fazem soar os alarmes no Japão e na Coreia do Sul.
O dispositivo caiu ao mar e a Coreia do Sul diz que já resgatou uma parte considerada suspeita do satélite.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, deixa um alerta à Coreia do Norte. Diz que qualquer lançamento com mísseis balísticos violaria as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Já sobre a guerra na Ucrânia, duvida que os drones "de pequenas dimensões" utilizados nos últimos ataques à Rússia conseguissem “voar” desde a Ucrânia até à Rússia.
"Revela fragilidades e patenteia vulnerabilidades russas no próprio território", defende, acrescentando que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai procurar reforçar a "narrativa de autodefesa" e a necessidade de manter a Rússia em segurança.
No Jornal das 10 da SIC Notícias, Liliana Reis destaca ainda o crescimento do descontentamento em relação a Putin e a elites russas, que pode "comprometer o regime e criar maior instabilidade na sociedade russa".