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Relações entre Portugal e Angola "nunca estiveram tão boas", garante João Lourenço

O Presidente angolano espera que a visita de António Costa, na próxima semana, sirva para reforçar a cooperação económica entre as duas nações.

Entrevista conjunta da Agência Lusa e do Jornal Expresso ao Presidente de Angola, João Lourenço, no Palácio Presidencial, em Luanda, Angola.
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Nas vésperas de receber o primeiro-ministro português em Luanda, o Presidente angolano diz que as relações com Portugal nunca estiveram tão boas. Quase um ano depois de ter sido reeleito, João Lourenço deu uma entrevista ao Expresso e à agência Lusa e pediu mais investimento português, assume que é difícil acabar com a corrupção, deixa em aberto o futuro político e fala sobre Isabel dos Santos.

João Lourenço tem repetido a promessa de querer combater a corrupção, mas nem sempre a justiça funciona a bom ritmo.

O caso que gerou polémica

Nesta entrevista foram abordados dois casos. Um deles, que provocou mal-estar entre Portugal e Angola, foi aquando da abertura de um processo judicial em Lisboa contra Manuel Vicente, ex-vice-Presidente angolano e antigo presidente da petrolífera Sonangol.

Um caso irritante que só deixou de o ser depois de Portugal ceder à pressão, transferindo o processo para os tribunais angolanos. João Lourenço diz que foi uma questão de soberania que não deixou mazelas. Passaram cinco anos e Manuel Vicente ainda não foi a julgamento.

João Lourenço e Isabel dos Santos

A contas com a justiça está também Isabel dos Santos, empresária e filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos. É apenas mais um caso, diz João Lourenço, que rejeita acusações de perseguição política.

O Presidente angolano diz que as relações entre Angola e Portugal nunca estiveram tão bem, e espera que a visita de António Costa, na próxima semana, sirva para reforçar a cooperação económica.

Presidente angolano em Portugal?

Questionado se está disponível para vir a Portugal festejar os 50 anos do 25 de Abril diz que sim, se for convidado. João Lourenço não abre o jogo sobre uma hipotética recandidatura em 2027e diz apenas que vai continuar a servir Angola.