Cerca de 20 pessoas foram detidas em Hong Kong quando lembravam o massacre na Praça de Tiananmen, há 34 anos. O incidente foi recordado em vários países vizinhos que pedem democracia ao regime chinês.
As pessoas que decidiram sair à rua em Hong Kong para relembrar os 34 anos do massacre de Tiananmen foram detidas. Durante o fim de semana, cerca de 20 pessoas foram levadas pelas autoridades, sendo que a maioria integra o movimento pró-democrático da região.
No Parque Vitória, em Hong Kong, onde no passado a vigília a lembrar Tianamen tinha lugar, foi montada uma feira de gastronomia por grupos favoráveis a Pequim.
China diz que 200 pessoas morreram no massacre
Há 34 anos, cerca de um milhão de estudantes invadiu a Praça de Tianamen, em Pequim, exigindo ao regime de Deng Xiaoping uma sociedade mais aberta.
Depois de algumas semanas de protestos, os militares receberam ordens para travar a contestação a qualquer custo. Nunca se saberá ao certo quantas vítimas o massacre fez, mas o Governo chinês reconheceu na altura 200 mortos.
Este domingo, a praça estava vazia e com as autoridades por perto. Já não se recorda as vítimas como noutros dias, mas alguns países vizinhos da China insistem em não as deixar esquecer, como na Austrália e também em Taiwan.
Tensão sobe de tom em Taiwan
Em Taiwan a tensão permanece elevada. Os Estados Unidos divulgaram um vídeo que expõe uma manobra chinesa perigosa no Estreito de Taiwan onde é possível ver um contratorpedeiro da marinha chinesa a cortar bruscamente o trajeto de um navio de guerra norte-americano.
O incidente aconteceu sábado tendo sido filmado também a partir duma fragata canadiana. O navio norte-americano não se desviou, mas foi obrigado a reduzir a velocidade para evitar uma colisão.