A Coreia do Norte classificou como fracasso o lançamento de um satélite espião que, no final de maio, caiu ao mar, poucos minutos depois da descolagem.
Segundo a televisão estatal, a rara admissão de culpa surgiu durante uma reunião governamental, que decorreu entre sexta e domingo e contou com a presença do líder norte-coreano, Kim Jong Un. Um dos principais assuntos debatidos na reunião foi a modernização dos arsenais de armas.
A Coreia do Norte explica que a queda do míssil foi provocada por uma falha técnica num dos motores. As autoridades norte-coreanas prometeram insistir num segundo lançamento de um satélite espião.
Uma extensa notícia publicada pela Agência Central Coreana de Notícias sobre a reunião deu conta de duras críticas dirigidas aos funcionários. Acusa-os de conduzirem "de forma irresponsável os preparativos para o lançamento do satélite" e estipula um conjunto de tarefas estabelecidas para funcionários e cientistas, no sentido de conhecerem as causas do fracasso do lançamento.
O satélite espião é um dos vários meios militares de alta tecnologia que Kim Jong Un prometeu, publicamente, adquirir para fazer face ao que chama de hostilidade liderada pelos EUA. O líder norte-coreano pretende ainda possuir outros sistemas de armas, como um míssil com várias ogivas, um submarino nuclear, um míssil balístico intercontinental de propulsão sólida e um míssil hipersónico.
Desde o início de 2022, a Coreia do Norte efetuou mais de 100 testes de mísseis. Em abril, a Coreia do Norte testou pela primeira vez um míssil balístico intercontinental de combustível sólido – uma vez que o combustível deste tipo de mísseis já está carregado no seu interior, estes são mais móveis e difíceis de detetar.
