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Bruxelas quer 50 mil milhões de euros para a recuperação da Ucrânia

A Comissão Europeia propõe um aumento do orçamento comunitário até 2027, com um pedido de reserva de 50 mil milhões de euros de apoio à recuperação da Ucrânia, 15 mil milhões de euros para gestão das migrações e 10 mil milhões para investimentos “verdes” e tecnológicos.

Carros danificados no pátio de um edifício que foi danificado por uma onda de bombardeamentos em Kiev, na Ucrânia.
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"A reserva proporcionará aos nossos parceiros na Ucrânia uma perspetiva flexível e previsibilidade e deverá também incentivar outros doadores a darem um passo em frente", explicou Ursula von der Leyen.

Ursula von der Leyen lamenta as mortes de migrantes no mediterrâneo. A presidente da Comissão Europeia diz que é preciso mais solidariedade entre estados-membros no acolhimento de refugiados.

Plataforma STEP

Está também a ser criada a plataforma STEP, um fundo soberano para permitir investimentos em "setores prioritários", como a tecnologia limpa e a biotecnologia, dado que os programas existentes "são limitados", assinalou a líder do executivo comunitário.

A ideia é, através da plataforma STEP, "concentrar estes fundos nestas prioridades e fazê-los trabalhar melhor em conjunto, criando sinergias", adiantou Ursula von der Leyen.

A Comissão Europeia apresenta, nesta terça-feira, uma proposta de revisão do orçamento da UE para o período 2024-2027, com foco nos investimentos verdes e tecnológicos e na reconstrução da Ucrânia, para entrar em vigor em 01 de janeiro.

Outra das prioridades é a recuperação da Ucrânia após a guerra, pelo que se propõe um instrumento integrado e flexível que permita avançar com empréstimos, subvenções e garantias para a reconstrução do país, segundo o rascunho acedido pela Lusa.

Em causa está uma revisão do Quadro Financeiro Plurianual (QFP), o orçamento da UE a longo prazo para 2021-2027, que juntamente com o Fundo de Recuperação da UE ascende a 2,018 biliões de euros a preços correntes (1,8 biliões de euros a preços de 2018), numa resposta adotada em 2020 para reparar os danos económicos e sociais causados pela pandemia e contribuir para a transição digital e ecológica."