Os 250 trabalhadores imigrantes resgatados na quarta-feira, numa operação de combate à apanha ilegal de amêijoa. Esta quinta-feira de manhã foram ouvidos por técnicos da Segurança Social e alguns não quiseram ficar em centros de acolhimento.
Alguns imigrantes são naturais da Tailândia e, à semelhança de quase todos os outros 250 imigrantes que trabalhavam na apanha ilegal da amêijoa, mal falam português ou inglês.
Os imigrantes resgatados numa mega operação da Polícia Marítima passaram a noite em dois abrigos, no Montijo e em Alcochete.
O delegado de Saúde entende que não podem passar mais nenhuma noite naquele espaço com condições desumanas.
Após a situação provisória, os técnicos da segurança social entrevistaram as 250 pessoas, uma espécie de rastreio para perceber de que tipo de apoio precisam daqui para a frente.
Enquanto as conversas decorriam, com a presença de tradutores e representares do corpo diplomático dos países de origem dos imigrantes, outros imigrantes vieram trazer roupa e comida e esperar pelos amigos.
A megaoperação que resulta de um trabalho de mais de dois anos da unidade central da Polícia Marítima conta com 10 arguidos, sete empresas e quatro pessoas.
Três portugueses, um vietnamita estão detidos e vão conhecer as medidas de coação esta sexta-feira.