Dezenas de milhares de pessoas protestaram nas ruas de Israel contra a reforma judicial do governo liderado por Benjamin Netanyahu.
Os manifestantes descrevem a situação atual como "muito perigosa".
"Está a usar o governo para uma reforma judicial muito perigosa, um golpe de estado, essencialmente. O objeto é assumir o controlo dos tribunais, em Israel, e tomar o controlo do sistema judicial".
Os protestos acontecem depois do Parlamento aprovar uma lei decisiva que limita o poder do Supremo Tribunal.
A lei é controversa e tem gerado protestos com milhares de pessoas nos últimos sete meses.
Apesar disso, não há qualquer sinal do Governo israelita para travar a reforma que ameaça fraturar o país.
Polémica reforma judicial
O Parlamento israelita aprovou uma parte essencial da reforma judicial proposta pelo Governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, apesar dos protestos de vários quadrantes políticos e sociais.
A votação ocorreu após uma sessão turbulenta, em que os deputados da oposição gritaram "Vergonha!", antes de abandonarem a sala, com a proposta do Governo a ser aprovada com 64 votos a favor e nenhum contra.
O ministro da Justiça diz que foi dado um "importante primeiro passo" no processo histórico da reforma da Justiça.
A reforma determina mudanças radicais que aumentam os poderes do Governo na área judicial, limitando a capacidade de o Supremo Tribunal contestar decisões parlamentares e alterando a forma como os juízes são selecionados.
Netanyahu e os seus parceiros de Governo alegam que as mudanças são necessárias e, desde o início, deram sinais de que não iriam alterar a sua postura, apesar dos fortes protestos sociais.