Subiu para 80 o número de mortos nos incêndios, na ilha de Maui, no arquipélago do Havai. A tarefa de contabilizar as vítimas é dificultada pelo nível de destruição. Ainda há centenas de pessoas desaparecidas. Parte pode estar apenas incontactável.
De quarteirão em quarteirão, as equipas de busca e salvamento sinalizam o que já foi inspecionado.
Cães treinados, da Califórnia e Nova Iorque já chegaram à ilha. Conseguem detetar cheiro até nas cinzas de uma cremação.
Os carros calcinados em que tantos tentaram fugir ilustram vivências traumáticas de caos e desespero.
Houve quem saltasse para as águas do Pacífico. Desconhece-se, para já, se houve afogamentos.
Muitos dos sobreviventes perceberam que estavam em perigo quando ouviram explosões ou encararam as chamas, já demasiado próximas.
O que falhou?
Os alertas enviados para os telemóveis esbarraram com as falhas de rede. Os avisos na rádio e televisão com o corte da eletricidade. As sirenes espalhadas pela cidade não tocaram.
As chamas espalharam-se velozmente alimentadas pelos ventos do furacão Dora, pela seca que a ilha atravessa e por uma espécie invasora.
A devastação deixa os sobreviventes vulneráveis. As rádios locais tentam dar voz aos apelos de quem os contacta. Sem água, nem luz queixam-se sobretudo da falta de informação das autoridades.