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Sismo em Marrocos: réplicas podem provocar mais estragos nas construções já "muito fragilizadas"

O ex-presidente do IPMA lembra que Portugal é o "vizinho mais próximo" de Marrocos e, por isso, tem uma "enorme responsabilidade" em prestar apoio nas operações de busca e salvamento.

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Depois do sismo, de magnitude 6,8 na escala de Richter, que atingiu várias regiões de Marrocos, na noite desta sexta-feira, o ex-presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Miguel Miranda, diz que o mais importante é que os meios se concentrem nas operações de busca e salvamento. Alerta também para a possibilidade de existirem mais réplicas.

“É muitíssimo importante que todos os meios disponíveis nos países próximos de Marrocos sejam concentrados para tentar encontrar o máximo de sobreviventes. Eu sei que Portugal já está preparado e pronto para arrancar”, afirma Miguel Miranda, lembrando que, “como vizinhos mais próximos de Marrocos”, Portugal tem uma “enorme responsabilidade”.

O ex-presidente do IPMA sublinha que este sismo lembra que “mesmo as zonas que têm sismos menos frequentes, quando eles ocorrem, os impactos sociais são dramáticos”. Alerta ainda para a possibilidade de ocorrerem réplicas e o impacto que estas terão na construção já “muito fragilizada

“Tenho visto comunicações das autoridades marroquinas no sentido de haver precaução nas pessoas de voltar às habitações que abandonaram quando sentiram o sismo”, afirma, sublinhando que “é preciso cuidado para saber quais os danos estruturais”.