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Sismo em Marrocos: primeiro grupo de portugueses retirados já chegou a Portugal

O avião da Força Aérea, que, este sábado, voou para Marraquexe numa operação de retirada de portugueses de Marrocos, já aterrou no aeroporto de Figo Maduro. O Governo vai continuar a acompanhar a situação e admite a possibilidade de repetir a operação de retirada.

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O avião da Força Aérea que traz o primeiro grupo de portugueses vindos de Marrocos já chegou a Portugal. A aeronave aterrou por volta das 04:50 ao aeroporto de Figo Maduro. O sismo que atingiu o país, esta sexta-feira, provocou mais de 2.000 mortos.

Apesar de ter capacidade para trazer 90 pessoas, a bordo do avião viajaram 102 passageiros. O Governo admite a possibilidade de haver mais voos para Marrocos.

Também a TAP já anunciou reforço da operação para Marraquexe. A companhia aérea diz que duplicou os lugares disponíveis para este domingo.

O Secretário de Estado das Comunidades fez um “balanço positivo” da operação e agradeceu o trabalho das autoridades envolvidas. Paulo Cafôfo garante que o Governo vai continuar a acompanhar a situação.

“Foram 125 as pessoas que manifestaram interesse em vir para Portugal, dessas, 20 não compareceram no aeroporto. Três pessoas decidiram não embarcar para dar espaço a outros passageiros, o que naturalmente enalteço. Dentro das que manifestaram interesse, todas vieram”, disse o secretário de Estado.

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Paulo Cafôfo garante que “se houver necessário de retirar mais portugueses de Marrocos”, o Governo irá proceder à alocação de meios “para essa retirada de cidadãos”.

À chegada, portugueses contam como viveram o sismo.

Um jovem conta que se colocaram por baixo de uma viga da casa, por ser uma parte mais resistente da estrutura: “Abraçamo-nos e ficámos à espera que passasse”, lembra.

Para uma portuguesa, a melhor palavra para descrever a experiência é “terror”. “É estarmos contra a natureza, sentirmos o pânico e não poder fazer nada.

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Várias pessoas não identificaram de imediato que tremor que sentiam era um sismo, mas, quando se aperceberam do que era, saíram de casa.

“Estávamos no quarto na altura, a prepararmo-nos para dormir e a sensação que deu, primeiramente, é que fosse um camião a passar, porque estávamos num Riad muito estreito. Não fizemos nada, contrariamente ao que deve ser feito. Ficamos à espera que passasse, que fosse mais curto, mas não foi”, conta uma portuguesa.

Portugueses feridos estão fora de perigo

Os dois portugueses que ficaram feridos em Marrocos, depois do sismo, estão fora de perigo. A informação foi avançada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros.

O pai e filha, menor de idade, receberam tratamento hospitalar, mas estão estáveis. O homem teve mesmo de ser operado devido a um ferimento na cabeça.