Numa das 250 povoações onde se registaram vítimas, estima-se que 20% da população tenha ficado desalojada. A ajuda chega a conta-gotas, muito graças aos voluntários.
Numa só rua morreram, pelo menos, 17 pessoas e na cidade mais de 200. Por baixo dos escombros ainda há corpos por resgatar.
No andar de cima de uma casa estava uma família de quatro pessoas quando o teto ruiu, mas uma parede protegeu-os de um esmagamento. Os gritos ajudaram Azerwai e outros vizinhos a encontrá-los.
“Eles batiam na parede para pedir ajuda. Vieram várias pessoas ajudar a partir da parede para o tirarmos de lá”, descreveu, à SIC, Azerwai.
O tio de Azerwai e mais quatro pessoas também estavam num outro primeiro andar. Com o abalo correram para as escadas.
“Devem ter caído uns em cima dos outros e depois o teto caiu-lhes em cima. O meu tio ficou com os ferros espetados no peito e morreu. Morreram todos”, contou.
A cidade de 10 mil habitantes fica a 60 quilómetros de Marraquexe. 20% da população ficou sem casa.
“A minha casa desabou. Ficou destruída. Não tenho onde morar. Quem me vai dar uma tenda para morar?”, pergunta-se, agora, Mohamed.
Voluntários asseguram ajuda
Há já tendas de campanha montadas mas não chegam para todos. Estão também equipas de resgate britânicas e espanholas. As congéneres da Cruz Vermelha andam no terreno, mas o resto é tudo apoio de voluntários.
Aos desalojados têm chegado donativos de empresas e de particulares.
“Quando vamos ao mercado não há nada para comprar. No supermercado, as estantes estão vazias”, disse uma voluntária, Josief.