Mundo

Enviados SIC

Sismo em Marrocos: "Catástrofe está longe de estar fechada"

É cada vez mais improvável encontrar sobreviventes e as equipas trabalham sobretudo para resgatar corpos, como na aldeia visita pelos enviados da SIC. A previsão para o fim de semana é de chuva e o perigo volta a aumentar.

Loading...

Na sequência do terramoto que afetou a cordilheira do atlas em Marrocos, em muitas aldeia é tempo de recuperar o possível e chorar as perdas. A ajuda internacional permanece no local, em muitos casos subaproveitada.

Num círculo de dor inexplicável, uma mulher não abandona o escombro que lhe sepultou a família. Anda incrédulo, Brahim mostra onde ficou um dos seus familiares. Mulher e filho morreram no terramoto.

"Quando as pessoas da aldeia os tiraram estavam os dois mortos, mas a minha mulher tinha o meu filho nos braços".

Brahim, condutor de ambulância, foi salvo pelo trabalho. "Uma mulher de uma aldeia perto ficou doente, ligaram, e eu fui levá-la ao hospital em Marraquexe".

Ouirgan é o espelho da destruição e do caos para arrancar a ajuda. As derrocadas na cordilheira do Atlas são visíveis e constantes.

Travão à ajuda de Madrid

Chegados a Talat N'Yaaqoub não resta pedra sobre pedra. É aqui que está estacionada a unidade de emergência e resposta imediata da comunidade de Madrid.

No entanto, os espanhóis só podem intervir se convidados pelas autoridades marroquinas. Apesar de prontos e altamente preparados, ainda só foram ativados por uma ocasião na retirada de um corpo.

Chuvas ameaçam buscas

À medida que o dia avança, chega gente de todo o lado para ajudar, mas verdade é o perigo aumenta.

"Esta catástrofe está longe de estar fechada", diz o jornalista da SIC Hugo Alcântara, lembrando que "há previsão de chuva para a próxima sexta-feira e o próximo sábado".