A líder do Somar, uma plataforma de partidos da esquerda e extrema-esquerda espanhola, disse esta segunda-feira que ainda está longe de alcançar um acordo com os socialistas para haver um novo governo liderado por Pedro Sánchez.
"Estamos a negociar e ainda estamos longe do acordo", disse Yolanda Díaz, numa conferência de imprensa em Madrid.
Sem querer avançar detalhes, Díaz defendeu que as negociações devem ter "discrição, responsabilidade e muito diálogo".
"Comunicámos a nossa vontade de formar um governo progressista presidido pelo senhor Sánchez, mas também comunicámos ao Rei que estamos a negociar e que ainda estamos longe do acordo", disse a líder do Somar.
"Nunca me levanto de uma mesa [de negociação] e, portanto, sem qualquer dúvida, vamos formar um governo progressista, mas insisto, estamos longe", assegurou.
Pedro Sánchez e Yolanda Díaz assumiram na campanha eleitoral o objetivo de fazerem uma coligação PSOE/Somar para governar Espanha, mas precisam de mais apoios parlamentares para verem o executivo viabilizado, nomeadamente, de um conjunto e partidos nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.
Sobre as negociações com os independentistas catalães, que fazem as maiores exigências, Yolanda Díaz rejeitou fazer comentários, insistindo na necessidade de discrição para as conversas serem bem-sucedidas.
Ao contrário do PSOE, o Somar já defendeu publicamente a amnistia para os envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha em 2017, uma das exigências dos partidos independentistas. Estes partidos pedem também que se abra a possibilidade de um referendo sobre a independência da região.
Além do Somar, Felipe VI também ouviu a Coligação Canária, a União do Povo Navarro, o Partido Nacionalista Basco e o partido de extrema-direita VOX.
A ronda de audições do monarca termina na terça-feira com o PSOE e o PP.