Israel diz que está em guerra depois do maior ataque do Hamas contra o país. Milhares de foguetes foram disparados a partir da Faixa de Gaza ao mesmo tempo que muitos palestinianos armados espalharam o caos no sul de Israel.
Pelo menos 200 pessoas morreram e há mais de mil feridos. As tropas do Hamas fizeram vários reféns que levaram para Gaza. Na resposta imediata também perto de 200 palestinianos podem ter perdido a vida.
Passavam poucos minutos das seis da manhã, hora local. Primeiro foram os rockets, perto de cinco mil foram disparados sobre Israel desde a Faixa de Gaza fazendo ecoar as sirenes um pouco por todo o país.
Depois, e sem qualquer espécie de oposição, os palestinianos atiraram as cercas ao chão em algumas zonas da fronteira, permitindo a passagem inclusive de vários homens armados.
Os militantes armados do Hamas conseguiram, em seguida, avançar livremente sobre território de Israel numa falha de segurança que levará tempo a explicar.
Alguns palestinianos ocuparam algumas habitações a partir de onde atacaram o inimigo. Os militantes do Hamas avançaram com uma fúria sobre todos aqueles que foram encontrandos pelo caminho.
Hamas diz ter capturado reféns para servirem de moeda de troca
Os palestinianos armados deixaram dezenas de mortos entre, não só, a população civil israelita como em Sderot, a apenas três quilómetros da fronteira com Gaza. Mais tarde, foram sequestrados e levados como reféns para Gaza tendo sido recebidos por uma multidão em fúria e em festa. São agora troféus preciosos que o Hamas vai guardar para as negociações com Israel.
Na zona Sul do país, os hospitais ficaram rapidamente cheios. Ouvem-se as vozes que agora contam a sua história quando os locais onde estavam foram alvo de um ataque.
Longe da fronteira com Gaza, os rockets que atingiram Israel deixaram um rastro de destruição. Em resposta, Israel começou a disparar sobre vários alvos em Gaza tendo já destruído sem dó nem piedade alguns edifícios com ligações ao Hamas.
O contra-ataque terá causado já algumas centenas de vítimas mortais entre os palestinianos. Com receio de verem a sua casa destruída, alguns nem pensaram duas vezes. Deixaram tudo para trás, festejando, ainda assim, o tanto que acreditam ter alcançado.
A ousadia é festejada na Cisjordânia, por palestinianos que concordam e apoiam o avanço mais a sul. Também a milhares de quilómetros, vários deputados do Irão juntaram-se no Parlamento, gritando morte a Israel, viva à Palestina.