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"Enquanto a América existir, Israel nunca terá de se defender sozinho"

Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, chegou a Telavive com uma mensagem clara para passar: os EUA vão estar sempre ao lado de Israel.

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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, aterrou em Telavive, Israel, ao início da manhã desta quinta-feira, pronto a declarar o apoio dos EUA a Israel.

Ao ser recebido por Benjamin Netanyahu, declarou: “Estamos aqui e não vamos sair daqui”.

O secretário de Estado norte-americano vai tentar ajudar também na mediação dos reféns do Hamas, alguns dos quais de cidadania americana.

Blinken, que revelou que entre as vítimas mortais do ataque do Hamas estão pelo menos 25 cidadãos norte-americanos, pretende ainda alcançar uma passagem segura para civis de Gaza antes de uma possível invasão terrestre.

O encontro terminou com uma conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelita.

“Vocês podem ser fortes o suficiente para se defenderem sozinhos, mas enquanto a América existir, nunca terão de o fazer. Vamos estar sempre aqui”, declarou Blinken.

Já Netanyahu defendeu que “nenhum líder devia reunir-se com eles, nenhum país lhes deveria dar abrigo”, apelando a sanções para os Estados que o fizerem.

Depois de Israel, Antony Blinken segue para a Jordânia, onde se vai encontrar com o Rei Abdullah II e o presidente da autoridade palestiniana, Mahmoud Abbas.

Joe Biden deixa aviso ao Irão

Na cena política destaca-se também o aviso do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Irão neste contexto do conflito israelo- palestiniano.

“Fomos muito claros, muito claros para com os iranianos. Tenham cuidado”, alertou Biden.

O presidente norte-americano pronunciou-se também sobre o massacre de bebés que Israel atribuiu inicialmente ao Hamas num ataque no sul do país, durante o fim de semana. Biden disse nunca ter pensado ver imagens de terroristas a decapitar crianças. Mais tarde, a Casa Branca veio corrigir essas declarações, clarificando que o chefe de Estado não viu efetivamente essas imagens.

Por seu lado, o Hamas nega ter decapitado criança e os jornalistas que visitaram o local não confirmaram esta informação.