Israel tem estado a atacar Gaza pelo ar, seja a partir de posições em terra, seja do mar. Os alvos são alegadamente militares, apesar de haver milhares de civis afetados. Agora, a cidade de Gaza foi declarada campo de batalha.
Como pode desenrolar-se a invasão?
Uma eventual fase de invasão terrestre pode ser feita por corredores que os israelitas conhecem - e que seriam de mais fácil defesa pelo Hamas com recurso a minas anti-tanque fora da área urbana, para atrasar avanços.
Para além do possível desembarque anfíbio na costa de Gaza, a opção principal do exército israelita deverá ser a fronteira norte.
O passo seguinte seria uma incursão por leste, para separar a cidade do resto do território. Mais tarde poderão ser invadidas também zonas como Khan Yunis ou Rafah.
Não são muitos os locais por onde entrariam soldados. A Faixa de Gaza está rodeada por uma muralha, concluída em 2021 por Israel, como proteção contra ataques.
É reforçada por sistemas eletrónicos como radares e câmaras, que são alimentados por informação das agências secretas.
Além disso, Israel construiu uma barreira subterrânea de 64 quilómetros, com uma profundidade suficiente para bloquear os túneis do Hamas, construídos durante anos.
Um deles tem quase dois quilómetros de comprimento e acaba em Kfar Aza, uma das localidades severamente atacada pelo Hamas no sábado.
O Hamas tem o subsolo de Gaza furado como um robusto queijo suíço, com equipamentos militares e de comunicações avançados. Para resposta pelos ares, o Hamas desenvolveu drones que carregam munições, semelhantes aos usados na Ucrânia.
O grupo palestiniano está assim longe de deixar cair a toalha. O controlo do território está ao alcance de Israel, caso o Governo pretenda apenas garantir a derrota do Hamas e não a reocupação do território de Gaza.