O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, passou o dia junto à fronteira com Gaza, onde as forças militares israelitas se estão a concentrar, podendo a ofensiva terrestre começar a qualquer momento.
“Centenas de tanques estão preparados para invadir a faixa de Gaza. Há também dezenas de milhares de soldados que já estão aqui à volta da faixa de Gaza, que tem 40 quilómetros de longitude”, conta Henrique Cymerman.
Segundo o correspondente da SIC, o que está a acontecer é “uma preparação como nunca tinha acontecido”.
Henrique Cymerman conta que Israel tem 300 mil reservistas “preparados para a necessidade de fazer frente a uma guerra talvez dupla, talvez tripla”, referindo-se à guerra em Gaza, “talvez guerra contra o Líbano Hezbollah”, e também há exército na Cisjordânia “preparado para uma possível revolta, tal como o Hamas pediu”.
“Fazer uma guerra santa global dos muçulmanos contra os judeus", foi o pedido do líder do Hamas, Khaled Mashal, “apelando aos seus irmãos palestinianos da Cisjordânia também, e sobretudo, na sexta-feira dia 13”.
“Luz verde” dos Estados Unidos
“Enquanto os Estados Unidos existirem estarão sempre ao lado de Israel, na sua luta pela segurança”, foram as palavras ditas esta quinta-feira pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken.
Segundo Henrique Cymerman, este o ataque do passado sábado conseguiu não só, unir a sociedade israelita depois de 10 meses de divisão, como também mobilizar reservistas “que abandonaram tudo, os seus trabalhos, as suas famílias, para se apresentar como voluntários e é resultado do massacre feito pelo Hamas".