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Uma questão de vida ou morte: situação em Gaza agrava-se, Israel pronto para invadir

O alerta chega da ONU. Na Faixa de Gaza vive-se uma situação “de vida ou morte”. Falta água, luz, comida e combustível. Mas o pior ainda pode estar para vir. Israel diz-se pronto para avançar com a ofensiva e destruir o Hamas, numa operação que pode resultar num elevado número de vítimas civis.

Uma questão de vida ou morte: situação em Gaza agrava-se, Israel pronto para invadir
Anadolu Agency

Terminou este sábado o prazo dado por Israel para a saída de mais de um milhão de pessoas do norte da faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelita visitou as tropas estacionadas junto à fronteira e garantiu que a próxima fase da operação “está a chegar”.

Desde o ataque do Hamas a 7 de outubro, a resposta israelita em Gaza já fez mais de 2.200 mortos - dos quais um quarto são crianças - e 10 mil feridos. Só nas últimas 24 horas terão morrido 250 pessoas.

“Estão prontos para o que aí vem?”

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O primeiro-ministro israelita visitou este sábado as tropas posicionadas junto à Faixa de Gaza e os Kibutz do sul de Israel atacados pelo Hamas há uma semana.

Em toda a região, acumulam-se centenas de milhares de militares israelitas que preparam uma operação que, ao que tudo indica, será terrestre, marítima e aérea.

“O nosso objetivo nesta guerra é muito claro: desmantelar o Hamas e garantir que nunca mais haja capacidade de infligir quaisquer danos a civis ou soldados israelitas”, afirmou Jonathan Conricus, porta-voz das Forças Armadas de Israel.

O exército confirma que tem feito incursões terrestres em Gaza, onde terá encontrado corpos de israelitas desaparecidos.

Também hoje, o líder do Hamas apareceu na televisão para garantir que ninguém sairá de Gaza. Apesar do aviso, milhares de pessoas estão em fuga para o sul.

À procura de um lugar seguro

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Israel fez um ultimato. Avisou mais de um um milhão de habitantes do norte da Faixa de Gaza para que saíssem em direção ao sul. As autoridades israelitas anunciaram dois corredores de segurança, mas Gaza esteve sempre debaixo de fogo.

“A nossa casa e todas as outras à nossa volta foram bombardeadas. Saímos sem roupas, sem nada. Quero regressar. Para onde devo ir? Querem que vamos para o Egito, mas eu quero ir para casa”, lamenta Howida Saad, uma palestiniana de 63 anos deslocada.

Uma questão de vida ou de morte

Relatos como o anterior são a prova de que a situação na Faixa de Gaza se está a agravar. As Nações Unidas avisam que não há abrigos seguros. A água e os alimentos estão a acabar e também falta eletricidade e combustível.

A vida é feita sem os mínimos básicos de sobrevivência. Sem água potável, os palestinianos estão a usar poços, o que causará graves problemas de saúde. A ONU diz mesmo que esta se tornou uma questão de vida ou de morte.

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