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Israel: "Os nossos reféns estão lá. É por isso que temos de perder algum tempo"

Em entrevista à SIC, o diplomata israelita sublinha que apesar desta preocupação, não há negociações em curso entre Israel e o Hamas sobre a libertação dos reféns.

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O embaixador de Israel em Portugal diz que uma invasão terrestre em Gaza tem de ser cuidadosamente planeada e admite que possa demorar "mais do que semanas". Em entrevista à SIC, Dor Shapira defende que Israel está preocupado com os efeitos colaterais da guerra na vida de civis, mas sublinha que a principal preocupação humanitária do governo israelita tem a ver com os reféns levados pelo Hamas para Gaza.

Apesar do bloqueio total imposto pelo governo israelita na Faixa de Gaza desde o início da guerra, que impede a entrada de alimentos, de água, de combustíveis e de medicamentos.

Apesar das toneladas de explosivos que caíram nos últimos 10 dias sobre o território palestiniano, de onde não é possível fugir, o embaixador de Israel em Portugal recusa a ideia de que as condições de sobrevivência em Gaza estejam no limite.

“Não temos uma crise humanitária em Gaza, neste momento. É algo que estamos a monitorizar e estamos atentos, mas não estamos nessa fase”, afirmou.

Em entrevista à SIC, o diplomata israelita sublinha que apesar desta preocupação, não há negociações em curso entre Israel e o Hamas sobre a libertação dos reféns.

Dor Shapira diz que Israel está atuar de acordo com o direito humanitário internacional e que é também por isso que está a dar mais tempo para que a população retire do norte de Gaza. Sublinha que uma eventual ofensiva terrestre pode tem ser bem planeada.

“Os nossos reféns estão lá, é uma área muito povoada. É por isso que temos de perder algum tempo para garantir que vamos atingir os nossos objetivos da melhor forma. E é por isso que demora tempo e é por isso que temos de fazer passo a passo”, defendeu Dor Shapira.

O embaixador em Portugal diz que o objetivo de Israel não é reocupar Gaza e que a paz entre israelitas e palestinianos só poderá ser trabalhada depois da destruição do Hamas.