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Paquistão: quase dois milhões de afegãos obrigados a sair devido a aumento de atentados

Muitos só conhecem o Paquistão, é a sua casa, outros acabaram por chegar ao país após os Talibã terem tomado conta do Governo afegão. Todos terão até hoje para sair do país, senão serão expulsos.

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Termina esta quarta-feira o prazo para cerca de um milhão e 700 mil afegãos regressarem ao país onde nasceram a partir do Paquistão. São imigrantes ilegais que arriscam a expulsão se ficarem para trás.

Junto a Torkham, na estrada que liga Pechauar no Paquistão e Jalalabad no Afeganistão, famílias inteiras preparam-se para mudar de vida.

Quase um milhão e 700 mil afegãos receberam ordem para atravessar a fronteira e voltar para o país onde nasceram.

O Paquistão não os quer, nem lhes dá documentos que os torna legais.

Alguns partem deixando praticamente uma vida inteira para trás. Uns deixam o Paquistão onde viveram quase desde sempre, outros é mais fácil, foi só uma aventura que não deu certo.

A partir desta quinta-feira os estrangeiros sem documentos que não tiverem partido arriscam a ser expulsos do Paquistão.

Entre os afegãos, há pelo menos 600 mil que deixaram o país quando os Talibã chegaram ao poder.

Muitos ajudaram os norte-americanos enquanto estiveram no Afeganistão, correm agora risco de vida ao voltar a casa.

O Paquistão culpa os estrangeiros, especialmente os afegãos, de estarem por detrás de vários atentados suicidas no país que aconteceram nos últimos meses

É a principal razão porque os quer expulsar.