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"Não, a guerra não chegou a um impasse": Kremlin desmente chefe do Exército ucraniano

O porta-voz de Vladimir Putin contrariou o chefe do Exército ucraniano, que garante que a guerra está num impasse. Dmitry Peskov assegura que a Rússia continua a avançar no terreno. Ao mesmo tempo, a Ucrânia garante que tem retaliado dezenas de ataques russos.

Vista para as muralhas do Kremlin de Moscovo e a Catedral de São Basílio
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A guerra entre a Rússia e a Ucrânia "chegou a um impasse", segundo o comandante-em-chefe das Forças Armadas ucraniano. Em entrevista à revista The Economist, Valeriy Zaluzhnyi garante que o conflito tem sido marcado por "combates estáticos", que não trazem progressos significativos no terreno para nenhuma das partes envolvidas.

As declarações do general Zaluzhnyi foram desmentidas pelo porta-voz do Kremlin esta quinta-feira (dia 2). Peskov assegura que "a Rússia continua a sua operação militar especial" e que vai cumprir todos os objetivos traçados no terreno.

No discurso diário publicado na noite desta quinta-feira, o presidente da Ucrânia revelou que as forças de Moscovo estão a perder controlo sob o Mar Negro.

Zelensky reiterou ainda que Kiev vai ganhar a guerra. Esta troca de declarações contraditórias entre Kiev e Moscovo sobre os avanços militares surge numa altura em que o Kremlin tem intensificado os ataques no terreno. Na quarta-feira (dia 1), a Ucrânia diz que foi alvo do maior ataque russo desde o início do ano. De acordo com o Ministro do Interior da Ucrânia, mais de 100 localidades foram bombardeadas, em 10 regiões do país.

No plano diplomático, o Ministro dos Negócios Estrangeiros mostrou-se otimista em relação à abertura das negociações para a adesão da Ucrânia à União Europeia. Dmitry Kuleba participou esta quinta-feira numa conferência em Berlim com os chefes da diplomacia europeia.