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Israel intensifica ataques à Cisjordânia: "Não estamos melhor do que as pessoas em Gaza"

“Rebentaram com a casa toda. Só consegui sair com a t-shirt e as calças que tenho vestidas. Não estamos melhor do que as pessoas em Gaza”, afirma um residente em Jenin, onde um campo de refugiados foi atacado.

Cisjordânia
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O Programa Alimentar Mundial alerta para a urgência de aumentar a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas não só. Também a Cisjordânia está a ser alvo das incursões militares israelitas.

Desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro, as forças de Telavive aumentaram os ataques no território palestiniano ocupado por Israel e já mataram mais de 150 pessoas na Cisjordânia.

Muitos só conseguem ver destroços pela frente, resultado das explosões provocadas pelo exército israelita.

“Rebentaram com a casa toda. Só consegui sair com a t-shirt e as calças que tenho vestidas. Não estamos melhor do que as pessoas em Gaza”, afirma um residente em Jenin.

Em Gaza, metade das vítimas são crianças

Na Faixa de Gaza, o Hamas diz que já morreram mais de 9.700 pessoas desde o início do conflito. Quase metade das vítimas são crianças.

Do Vaticano, o Papa Francisco voltou a lançar o apelo para um cessar fogo, a libertação dos reféns e a ajuda humanitária para Gaza, onde a população luta por sobreviver.

A ajuda humanitária que chega não é suficiente. O Programa Alimentar Mundial distribui alimentos às famílias nos refúgios da ONU e deslocadas, e dinheiro para a compra de bens, mas há poucas lojas abertas.

As necessidades aumentam e o abastecimento é cada vez mais escasso.

“As pessoas estão a viver um pesadelo horrível. Começam a faltar os alimentos e a água”

Há duas semanas que a ajuda humanitária entra por Rafah, o posto fronteiriço que liga Gaza ao Egito. Mas o governo egipicio queixa-se das dificuldades logísticas impostas por Israel que só permite a entrada depois de inspeccionar os camiões que levam água, alimentos, material médico e medicamentos.