A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o maior hospital da Faixa de Gaza está a ser bombardeado e que há outros 20 completamente inoperacionais.
Com as forças israelitas cada vez mais perto das imediações do maior hospital da Cidade de Gaza, no norte do território, parece também cada vez mais provável que o Al-Shiffa se transforme num alvo da ofensiva.
Apesar de não ter comentado, nem admitido a autoria dos ataques que esta sexta-feira atingiram o hospital, o Governo de Israel tem nos últimos dias insistido na tese de que esta infraestrutura vital para Gaza é utilizada pelo Hamas como uma espécie de comando militar, com múltiplas ligações à rede de túneis subterrâneos.
Apesar dos apelos da Cruz Vermelha Internacional e da OMS, Telavive, alegando tratar-se de um alvo militar, poderá visar a unidade hospitalar, onde não só estão internados milhares de doentes e de feridos mas onde no último mês mais de 50 mil pessoas procuraram refúgio.
Um mês de bombardeamentos depois, há poucos edifícios de pé e poucas vidas intactas neste território, onde metade da população tem menos de 18 anos, mas onde por enquanto é difícil imaginar um futuro.