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Hospital em Gaza: médico denuncia "situação miserável" de milhares de doentes

Os ataques sucedem-se no norte e no sul a uma população encurralada. Ordenam-lhes que fujam, mas não há para onde. À medida que aumenta o número de feridos reduz o de hospitais - 25 foram já obrigados a fechar bem como 52 centros de saúde.

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Os médicos do hospital de Al-Shifa dizem que o exército israelita deu uma hora para que a unidade hospitalar, situada no norte de Gaza, fosse evacuada. A informação foi avançada pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pela ala política do Hamas, embora Israel negue o ultimato. Entretanto, também no norte do território, pelo menos 50 pessoas morreram no ataque israelita a uma escola da ONU.

A pretexto de aniquilar o Hamas, Israel mata indiscriminadamente civis em Gaza há 42 dias.

O território foi terraplanado e mais de 12.300 pessoas assassinadas, entre elas cinco mil crianças e mais de três mil mulheres. Mais civis mortos do que em dois anos de guerra na Ucrânia.

Os ataques sucedem-se no norte e no sul a uma população encurralada. Ordenam-lhes que fujam, mas não há para onde. À medida que aumenta o número de feridos reduz o de hospitais - 25 foram já obrigados a fechar bem como 52 centros de saúde.

Este sábado, os médicos do maior hospital da Faixa de Gaza, no norte, garantem ter recebido ordens do exército israelita para evacuar o edifício em apenas uma hora. Lá dentro estavam sete mil pessoas, entre feridos, alguns com gravidade, e refugiados.

“Fomos forçados a sair do hospital de Al-Shifa. A situação é miserável”, conta o médico Ramez Radwan, descrevendo graves infeções, que provocam sofrimento aos doentes, para os quais “não há analgésicos, nem antibióticos”.

Israel nega o ultimato, mas o exército invadiu o Al-Shifa onde dizem, sem mostrar evidências, que se esconde uma base do Hamas.