Mundo

Israel: Netanyahu diz estar a "fazer progressos" para a liberação dos reféns

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, diz que espera "ter boas notícias em breve”, quanto à libertação dos 50 reféns pelo Hamas, após o Qatar ter afirmando estar já nos "detalhes finais".

Loading...

O primeiro-ministro israelita confirma que estão a ser feitos progressos na libertação dos reféns detidos pelo Hamas. As declarações surgem depois do Qatar, que está a servir de mediador na libertação, ter dito que o acordo estará já nos detalhes finais e poderá permitir a libertação de 50 reféns.

“Estamos muito concentrados numa defesa muito forte e proativa a norte, de forma a conseguirmos uma vitória esmagadora a sul. Quanto ao primeiro objetivo, a eliminação do Hamas, só vamos parar quando estiver concretizado. Quanto ao segundo objetivo, o regresso dos reféns, estamos a fazer progressos. Acho que não vale a pena dizer muita coisa, não neste momento, mas espero ter boas notícias em breve”, afirma.

O Hamas tinha já anunciado, esta terça-feira, que se aproximava da "conclusão de um acordo de tréguas" na Faixa de Gaza.

"O movimento [Hamas] deu a sua resposta aos irmãos do Qatar e aos mediadores. Estamos a aproximar-nos da conclusão de um acordo de tréguas", disse Haniyeh, citado numa breve mensagem publicada na conta do movimento palestiniano na plataforma Telegram.

De acordo com fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, o segundo maior grupo islamista armado palestiniano, citados pela agência France-Presse (AFP), os dois movimentos aceitaram um acordo e os pormenores devem ser anunciados pelo Qatar e pelos mediadores do conflito

Ao mesmo tempo que se discute e aumentam os apelos para suspender os bombardeamentos a Gaza, no terreno intensificam-se os combates.

Fome deixa civis em risco

O Programa Alimentar Mundial alerta para o risco de morte à fome dos civis em Gaza. A agência das Nações Unidas fala num risco iminente porque o abastecimento de água e de comida praticamente não existe.

À televisão do Qatar, Al Jazeera, a porta-voz das Nações Unidas diz que os agricultores e pescadores de Gaza estão a ficar sem meios para trabalhar, o que poderá acentuar a falta de comida.

Constantes apelos ao cessar-fogo

A UNICEF diz que um cessar-fogo humanitário poderá evitar uma catástrofe de surtos de doenças em Gaza.

A agência das Nações Unidas diz que sem água e sem combustível, poderá existir uma tragédia sanitária, que poderá provocar um aumento trágico do número de mortes de crianças.

Até ao momento, existem mais de 800 mil pessoas em abrigos das Nações Unidas que, sem combustíveis e sem comunicações, a organização não vai conseguir continuar a apoiar.