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Acordo Israel-Hamas: cessar-fogo temporário começa esta sexta-feira, avança o Qatar

O Qatar avança que o cessar-fogo temporário acordado entre Israel e o Hamas começa na manhã desta sexta-feira. Com o papel de mediador neste acordo, o Governo de Doha informou também os jornalistas de que foram acordadas as listas de todos os civis que serão libertados de Gaza.

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As tréguas entre Israel e o Hamas em Gaza vão começar esta sexta-feira, às 7:00 (hora local), com o primeiro grupo de reféns a ser libertado durante a tarde, adiantou hoje um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Qatar, mediador do acordo entre as duas partes.

Majed Al-Ansari disse aos repórteres em Doha que já foram acordadas as listas de todos os civis que serão libertados de Gaza.

Israel confirmou, entretanto, que recebeu uma primeira lista de reféns que serão libertados esta sexta-feira, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Com o cessar-fogo ainda em suspenso, a Faixa de Gaza continua a ser bombardeada. A cidade de Khan Younis, no sul, foi um dos alvos dos ataques. Muitas casas ficaram destruídas. Esta é uma das zonas definidas por Israel como seguras e para onde os palestinianos foram aconselhados a fugir.

Mais de cem corpos foram enterrados numa vala comum. Acredita-se que algumas destas pessoas tenham sido mortas nos ataques ao Hospital Al-Shifa.


No norte da Faixa de Gaza, os bombardeamentos também se mantêm. O campo de refugiados de Jabalía voltou a ser atacado, mas ainda se desconhece o número de vítimas.

França apela à "plena aplicação" do acordo de libertação de reféns

A França apelou esta quinta-feira à "plena aplicação" do acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de 50 reféns em troca de uma trégua humanitária e da libertação de prisioneiros palestinianos, pedindo celeridade no processo.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Anne-Claire Legendre, disse que o Governo de Paris insiste na necessidade de "libertação imediata de todos os reféns" e apelou ao "pleno respeito dos termos do acordo, sublinhando que a espera pelas famílias dos reféns foi "cruel e insuportável".

A diplomacia francesa lembra que oito franceses continuam desaparecidos e alguns deles estão mantidos como reféns, mas não esclareceu se algum francês está na lista de reféns que serão libertados, alegando "respeito pelas famílias".

"Estamos a trabalhar com a maior energia para a sua libertação e esperamos que sejam incluídos no acordo assinado", disse a porta-voz.

Legendre recordou ainda que a França continua a defender um cessar-fogo duradouro no conflito no Médio Oriente, para acautelar a população palestiniana se encontra numa situação difícil na Faixa de Gaza.