Dez anos depois de ter sido condenado pelo homicídio da namorada Reeva Steenkamp foi, esta sexta-feira, atribuída ao sul-africano Oscar Pistorius a liberdade condicional.
"O departamento de serviços penitenciários confirma a libertação condicional de Oscar Pistoritus, a partir de 5 de janeiro de 2024", anunciaram as autoridades em comunicado, após a reunião de um comité designado para analisar a possível libertação do ex-atleta, detentor de vários títulos paralímpicos.
A decisão foi tomada depois de analisado o caso de Pistorius no Centro Correcional de Atteridgeville, perto de Pretória, tendo resultado da audiência a libertação do ex-atleta paralímpico, que tinha como imagem de marca as suas pernas protéticas de fibra de carbono.
Porém, horas antes, Rob Matthews, porta-voz da mãe da vítima, disse aos meios de comunicação no exterior do local onde decorre a audiência que não acredita que Pistorius esteja reabilitado.
"A reabilitação exige que alguém se envolva honestamente com toda a verdade do seu crime e com as consequências do mesmo", referiu, citado pela Reuters.
Pistorius já tinha pedido liberdade condicional em março
Em março, a antiga estrela do atletismo adaptado viu-lhe ser negada a liberdade condicional depois de ter sido concluído, por parte das autoridade sul-africanas, que Pistorius não tinha cumprido metade da sua pena. Contudo, no mês passado a sua elegibilidade para essa decisão foi aprovada, faltando agora apenas uma decisão do conselho de liberdade condicional.
Em 2014, um ano depois de ter disparado mortalmente contra a namorada, o desportista foi condenado a cinco anos de prisão. No entanto, em 2017, o Supremo Tribunal aumentou a pena para 13 anos e cinco meses.
Na noite de 13 para 14 de fevereiro de 2013, Pistorius baleou a namorada, de 29 anos, através da porta da casa de banho, alegando julgar tratar-se de um ladrão, provocando-lhe a morte com quatro tiros.
Apelidado de 'Blade Runner', devido às próteses de lâmina de carbono, Oscar Pistorius foi campeão paralímpico dos 200 metros em Atenas2004 e dos 100, 200 e 400 metros em Pequim2008. Foi ainda medalha de prata nos 200 metros de Londres2012 e bronze nos 100 metros de Atenas2004.
O atleta paralímpico sul-africano fez ainda história ao ser o primeiro amputado de ambas as pernas a correr em igualdade com atletas sem serem portadores de deficiência nos 400 metros dos Jogos Olímpicos Londres2012.