Benjamin Netanyahu garante que Israel vai manter a intensidade dos combates na Faixa de Gaza até o exército atingir os objetivos: destruir o Hamas e resgatar todos os reféns. Henrique Cymerman explica que ainda não é claro em que ponto está Israel de atingir esses dois objetivos.
O que é que vai chegar antes, o fim da guerra ou a desmilitarização do braço armado do Hamas, questiona Henrique Cymeraman: “vamos ver uma pressão norte-americana provavelmente para acabar a guerra nas próximas semanas ou realmente a desmilitarização do braço armado do Hamas, que é o principal objetivo de Israel, à parte da libertação dos 137 reféns que eu temo que uma parte deles já estão mortos”.
“O balanço de vítimas entre os palestinianos aproxima-se de 17000 e é difícil saber porque o Ministério da Saúde do Hamas o único que informa sobre estes números. Mas Israel confirma que calcula que matou até agora mais de 7000 milicianos do braço armado do Hamas, que teria à volta de 25.000/30.000 homens armados”.
Israel perdeu 103 soldados até este momento, 559 feridos, à parte dos 1240 mortos do massacre de 7 de Outubro.
Situação humanitária cada vez mais crítica
A situação humanitária cada vez mais crítica, sobretudo na zona de Rafah, perto da fronteira o Egito.
“Há certas informações sobre a possibilidade de milhares de pessoas tentarem assaltar a fronteira egípcia e entrar no Sinai, no deserto do lado egípcio da fronteira, talvez para se instalar lá, o que o Egito não quer de nenhuma maneira, ou pelo menos para passar e receber asilo em outros países”.
O Hamas, que está nos túneis, é acusado de estar a roubar os seus homens, estão a roubar a ajuda humanitária que chega a Gaza e um “mercado negro dirigido por homens do Hamas que vendem licenças a pessoas para partir para o Egito por 5000 dólares por pessoa, numa zona na qual se ganha por dia o máximo de 15 euros esse é o salário médio hoje em dia em Gaza”.
"Começamos a ver pela primeira vez que Israel prende homens do Hamas que içam a bandeira branca e pedem rendição. Isso é uma coisa que não tinha acontecido até este momento, mas que ainda por agora estamos a falar de dezenas, talvez de centenas, não de milhares de homens do Hamas."