Com recursos cada vez mais escassos e sem a perspetiva de paz no horizonte, a esmagadora maioria dos palestinianos de Gaza concentra-se em sobreviver até ao final da guerra, a 5.ª neste território nos últimos 15 anos.
"Abandonei os meus sonhos, já não tenho ambição. Perdi os meus sonhos, estão reduzidos a nada", lamentou uma jovem.
A guerra deixou em suspenso a vida normal e a vida sonhada. As escolas que se mantêm de pé estão agora sobrelotadas com deslocados.
"Os israelitas destruíram os nossos sonhos, não há nada que sobreviva", referiu outra criança.
Para quem não tem lugar nos abrigos das Nações Unidas, o campo de tendas de Rafah é a última fronteira. As Nações Unidas estimam que Gaza tenha agora quase dois milhões de deslocados.
90% da população que, sem possibilidade de fuga, enfrenta a ofensiva militar israelita e um bloqueio total que limita a entrada de bens essenciais e de ajuda humanitária.