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Terra Santa sem turistas na época de Natal: "É o pior ano de sempre"

A família Canavati tem o hotel há décadas. Foi fundado pelo avô, um dos primeiros a vir para Israel, depois da Segunda Guerra Mundial. Agora, como tantos outros em Belém, não sabem como será o futuro.

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A guerra entre Israel e o Hamas está a prejudicar o turismo na Terra Santa. Ao contrário do que costuma acontecer nesta altura do ano, quando milhares de cristãos visitam Belém e outros locais históricos, as reservas foram todas canceladas. Os prejuízos ainda estão por calcular, mas devem ser ainda piores do que durante a pandemia de covid-19.

Para os comerciantes e donos de hotéis e restaurantes de Belém, este vai ser o pior Natal de sempre. Os turistas, que nesta altura do ano costumam visitar a Terra Santa, cancelaram todas as reservas, por causa da guerra entre Israel e o Hamas.

Não há decorações, nem música nas ruas e na praça, em frente à Igreja da Natividade, nem sequer foi montada a habitual arvore de Natal.

A família Canavati tem o hotel há décadas. Foi fundado pelo avô, um dos primeiros a vir para Israel, depois da Segunda Guerra Mundial. Agora, como tantos outros em Belém, não sabem como será o futuro.

“É inacreditável. Este é o pior Natal de sempre. Belém era linda durante o Natal. Vinham pessoas de todo o mundo. Agora é uma cidade fantasma", retratou o proprietário de um hotel.

Nas ruas, os restaurantes e as lojas estão fechadas. Não há ninguém a quem vender os terços, imagens e tantos outros objetos que os visitantes costumam comprar.

Belém é onde os cristãos acreditam que nasceu Jesus. E é, também um dos três locais mais sagrados para os judeus, para quem foi ali que David foi coroado rei, e é onde está o túmulo da matriarca Raquel.

Em Belém vivem cerca de 30 mil pessoas. A maioria é muçulmana, porque a cidade, parte importante da chamada Terra Santa, fica na Cisjordânia, em plena Palestina, ocupada por Israel depois da Guerra dos seis dias, em 1967.