A adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) está a ser discutida pelos líderes europeus, em Bruxelas. Há esperança de que a Hungria mude de posição e levante o veto, uma vez que vai receber mais de 10 mil milhões de euros que estavam congelados.
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, classificou esta reunião como "complexa", mas um "momento político importante para a União Europeia".
O mais complicado vai ser dar a volta a Viktor Orban, que até mereceu uma reunião à parte com o presidente do Conselho Europeu. O primeiro ministro da Hungria já mostra abertura à aprovação do fundo comunitário de 50 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia, mas continua a rejeitar que o país entre na UE.
Entretanto, a Comissão faz de tudo para o convencer, tendo já libertado 10 mil milhões de euros, metade da verba que a Hungria tem bloqueada por desrespeitar o Estado de Direito.
Costa espera "vitória da Europa" e "derrota de Putin"
António Costa também está em Bruxelas para o seu primeiro e último Conselho Europeu enquanto primeiro-ministro demitido.
“Espero que a Hungria não seja um fator de bloqueio, mas sim, como todos devemos ser, um fator que contribua para o consenso (..) Como sou otimista, espero que este conselho seja uma vitória da Europa e, consequentemente, uma derrota do senhor Putin”, afirmou Costa.
Na verdade, os líderes europeus estão estes dias reunidos para discutirem sobre o alargamento da UE não só à Ucrânia, mas também aos Balcãs ocidentais.
Montenegro, Kosovo, Albânia, Sérvia, Macedónia do Norte e Bósnia e Herzegovina, todos já formalizaram o pedido de adesão à União Europeia, mas ainda estão à espera de uma resposta.