A Finlândia voltou a fechar os postos de fronteira com a Rússia, que havia aberto há dois dias. O Governo finlandês acusa as autoridades russas de terem empurrado dezenas de migrantes ilegais para a fronteira, para se tentarem livrar deles.
“Sublinho que é necessário voltar a fechar completamente a fronteira oriental para controlar a situação fronteiriça. O Governo continua a ser decisivo e a Finlândia decide sobre os assuntos relacionados com a Finlândia. (...) A situação na fronteira permanecerá assim até que se possa confirmar que o fenómeno terminou e que o tráfego transfronteiriço voltará ao normal”, afirmou a ministra dos Assuntos Internos finlandesa, Mari Rantanen.
No final de novembro, o Governo finlandês fechou por completo todos os postos de fronteira a leste, depois de mais de mil migrantes, sem documentos e sem vistos, terem tentado entrar no país através da Rússia. Vinham, quase todos, da Síria, Somália e Iémen.
Helsínquia diz que seria uma manobra de Moscovo para tentar criar problemas de segurança na Finlândia. O Kremlin nega estas acusações e lamenta o encerramento da fronteira.
Rússia deixa aviso sobre acordo entre EUA e Finlândia
Entretanto, a Rússia avisou que o possível envio de tropas norte-americanas para a Finlândia constituirá uma ameaça para a Federação Russa.
A Finlândia, que é membro da NATO desde abril, vai assinar um acordo de defesa com os Estados Unidos na segunda-feira, em Washington.
“Agora que a Finlândia se tornou membro da NATO, e quando as infraestruturas militares da NATO já estão a entrar na Finlândia, isto irá representar uma ameaça para nós, obviamente”, avisou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O acordo simplificará os exercícios conjuntos e a transferência de tropas e de equipamento, referiu a a Interfax. Estipulará também zonas onde os soldados norte-americanos poderão atuar e onde os Estados Unidos poderão armazenar ou transportar armas e outro equipamento militar, acrescentou a agência russa.
A tensão entre a Rússia e a Finlândia tem vindo a crescer depois da invasão à Ucrânia e de a Finlândia ter aderido à NATO, em abril deste ano.
Com LUSA