No balanço de final de ano, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou que esteja em risco de perder a guerra mas admite a importância da ajuda internacional. Putin aproveitou o impasse nos financiamentos a Kiev para endurecer o tom.
Com o calendário a confirmar o que o terreno já evidenciava, o segundo inverno em guerra trará maiores desafios. Para quem combate na linha da frente, que defende os céus das cidades, as munições antiaéreas estão a sumir. Já para o comum dos cidadãos, estão a existir condicionamentos no abastecimento de energia que mitigariam o frio.
Vladimir Putin acusou o Ocidente de prosseguir uma guerra híbrida contra o Kremlin, fornecendo a Kiev informações de segurança em tempo real, instrutores militares e armamento moderno. Volta a dizer que está a reforçar o arsenal nuclear e que as forças estratégicas estão em alerta máximo.
Ainda que tenha vindo a repetir que Moscovo não quer entrar em conflito com a NATO, Putin voltou a destacar a ameaça que a aliança representa.
O líder russo afirmou que a adesão da Ucrânia é inaceitável mas que se Kiev e os aliados quiserem, está disponível para discutir o futuro dos ucranianos, mas sem renunciar a aquilo que considera pertencer à Rússia.
O ministério da Defesa fez questão de sublinhar que a Rússia ocupa cinco vezes mais território do que antes da guerra e isso cifra-se em cerca de 18 por cento da totalidade da Ucrânia, cujo futuro Moscovo hipotecou com a destruição de infraestruturas e milhares de quilómetros quadrados cobertos de minas.