As autoridades das províncias afetadas pelo terramoto que atingiu o noroeste da China na segunda-feira disseram esta quarta-feira que o trabalho de resgate dos sobreviventes está "praticamente terminado".
As equipas vão concentrar-se no tratamento dos feridos e no realojamento dos residentes afetados, após horas de trabalho intenso num frio extremo de 14 graus Celsius negativos.
O número de mortos no terramoto, que atingiu as províncias de Gansu e Qinghai, ascende a 131, de acordo com a última contagem oficial.
Entre as 131 mortes, 113 registaram-se em Gansu e 18 em Qinghai, detalhou a agência noticiosa oficial Xinhua.
Durante toda a terça-feira, as equipas de salvamento realizaram operações de busca em várias áreas e repararam estradas e infraestruturas afetadas pelo terramoto.
Frio extremo dificulta resgates
Em resposta à catástrofe, as autoridades enviaram material, incluindo 2.600 tendas, 10.400 camas dobráveis, 10.400 colchas e 1.000 conjuntos de fogões.
No entanto, o jornal The Paper noticiou que há "uma grave escassez" de tendas para alojar os desalojados e que as temperaturas frias são "um desafio que está a dificultar os esforços de resgate".
Terramoto mais mortífero na China desde 2014
O terramoto de magnitude 6,2 ocorreu um minuto antes da meia-noite de segunda-feira (15:59, em Lisboa) na fronteira entre as duas províncias, afetando particularmente o condado de Jishisan em Gansu e a cidade de Haidong na vizinha Qinghai.
Este foi o terramoto mais mortífero na China desde o de agosto de 2014 na província de Yunnan, que matou 617 pessoas, mas muito longe do de 2008 na província de Sichuan, que fez pelo menos 70.000 mortos.