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Mortes em Gaza já ultrapassam as 21 mil (em 11 semanas de guerra)

Nas últimas horas sucederam-se sinais de instabilidade na Síria, no Iraque, no Iémen e no Egito, que alimentam os receios da expansão da guerra na região.

Corpos dos palestinianos mortos em combates com Israel e entregues pelo exército israelita durante um funeral coletivo em Rafah, na Faixa de Gaza
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Israel continua a bombardear vastas áreas da faixa de Gaza e avisa que a guerra pode durar ainda mais uns meses. Um dia depois do mais mortífero ataque israelita em Gaza, o número de mortes reportadas ascende já às 21 mil. São 275 os palestinianos mortos nos últimos dois meses e meio.

Esta terça-feira foi ainda marcada por uma série de incidentes nos países vizinhos, fazendo recear o alastramento do conflito na região.

“Fomos bombardeados por aviões e a escola não era segura. Por isso, saímos e, quando estávamos a sair, havia atiradores furtivos e as pessoas foram mortas. Estamos cá fora há dois dias e a situação não melhorou. Os aviões atacam-nos de cima e os atiradores também”, relata uma das habitantes de Khan Yunis.

Foram também divulgadas as imagens do estado em que ficou o hospital Al Quds, que resistiu durante semanas aos ataques na cidade de Gaza.

As lideranças de Israel têm criticado as Nações Unidas, que têm pedido um cessar fogo no território, e decidiram tornar mais difícil o trabalho dos respetivos funcionários.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que os pedidos de visto dos funcionários da ONU deixarão de ser concedidos automaticamente e serão analisados caso a caso”, disse o porta-voz do governo israelita, Eylon Levy.

Muitos familiares dos reféns, que continuam a manifestar-se todos os dias, acusam o governo israelita de não ter um plano para a libertação dos reféns.

As forças armadas israelitas divulgaram imagens das táticas utilizadas numa operação das tropas de Israel na Cisjordânia ocupada, onde decorreu o funeral de mais dois palestinianos.