O exército israelita concentra as operações esta quinta-feira no centro da Faixa de Gaza, apesar da situação crítica para os civis, alertam as organizações internacionais. Aumenta o receio de um possível alastrar das operações à fronteira com o Líbano.
Além da Faixa de Gaza, as forças israelitas estão a aumentar os ataques noturnos nas principais cidades da Cisjordânia ocupada, nomeadamente em Jenin e Ramallah, onde está sediada a Autoridade Palestiniana de Mahmoud Abbas, segundo a agência de notícias palestiniana Wafa.
Pelo menos sete mortos em campo de refugiados no centro de Gaza
Pelo menos sete palestinianos morreram na quarta-feira à noite, na sequência de bombardeamentos israelitas contra o campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
Numa casa no campo de refugiados morreram sete pessoas e várias ficaram feridas, de acordo com fontes locais, citadas pela agência de notícias Europa Press.
Um número indeterminado de feridos resultou também do bombardeamento israelita de uma outra casa na zona de Al-Zuwaida, no centro da Faixa de Gaza.
Os jatos israelitas lançaram ainda vários ataques ao centro da cidade de Khan Yunis e a terrenos agrícolas a norte da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, informou a agência de notícias palestiniana Wafa.
Alastramento dos combates à fronteira com o Líbano
O Estado-Maior do Exército alertou para uma intensificação dos tiroteios ao longo da fronteira com o Líbano, país a partir do qual opera o Hezbollah, movimento que, tal como o Hamas palestiniano, faz parte do "eixo de resistência", um agrupamento de grupos armados próximos do Irão e hostil a Israel.
Perto da fronteira com o Líbano, em Golã anexado por Israel, um drone caiu durante a noite, disse o exército israelita à AFP. combatentes de grupos armados pró-Irão reivindicaram um ataque nesta área.
Além disso, o Irão ameaçou Israel com "ações diretas e outras levadas a cabo pela frente de resistência", após a morte de um alto oficial iraniano Razi Moussavi, num ataque na Síria na segunda-feira, que o Irão atribui a Israel, .
O chefe do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, indicou que as forças israelitas “estão num estado muito elevado de prontidão para uma extensão dos combates no norte”, onde os confrontos entre Israel e o Hezbollah têm sido quase diários desde o início dos combates em Gaza.
Mais de 21 mil palestinianos mortos
Mais de 21 mil palestinianos foram mortos, cerca de 54 mil ficaram feridos e milhares foram dados como desaparecidos desde o início da operação israelita no enclave palestiniano, em 07 de outubro, iniciada na sequência do ataque do movimento islamita Hamas em território israelita, que causou cerca de 1.200 mortos e 240 reféns.
O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e UE.