O primeiro-ministro da Papua Nova Guiné, James Marape, decretou esta quinta-feira estado de emergência durante 14 dias na capital do país, Port Moresby, após tumultos que deixaram 16 mortos.
O comissário da polícia da Papua Nova Guiné, David Manning, confirmou que pelo menos 16 pessoas morreram nas duas principais cidades do país.
Imagens de drone junto a um supermercado de Port Moresby ilustram o cenário de caos que se gerou na capital da Papua Nova Guiné.
Os atos de violência eclodiram na noite de quarta-feira, após manifestações antigovernamentais lideradas por soldados, polícias e guardas prisionais para protestar contra cortes inexplicáveis nos seus salários.
Com a polícia em greve e em protesto, milhares de pessoas aproveitaram a falta de vigilância para saquear estabelecimentos comerciais.
O amanhecer trouxe as imagens dos danos provocados no interior das lojas, não só em Port Moresby, mas uma multidão incendiou edifícios e saqueou lojas, na cidade de Lae, a segunda maior cidade do país.
É um capítulo violento numa onda de contestação crescente na Papua Nova Guiné devido ao aumento generalizado do custo de vida e do desemprego.
Embora o país seja rico em recursos naturais, quase 40% da população de cerca de 10 milhões vive abaixo do limiar da pobreza.
Com Lusa