Arranca esta segunda-feira o processo para a nomeação dos candidatos democrata e republicano às presidenciais norte-americanas. O primeiro passo é dado no Iowa, pelo Partido Republicano. As sondagens dão a vitória a Donald Trump, com 48% das intenções de voto. Logo a seguir estão a ex-embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley, e o governador da Florida, Ron DeSantis. Só em junho é que são conhecidos os candidatos oficiais à presidenciais de novembro, mas tudo aponta para que Donald Trump e Joe Biden sejam os principais candidatos na corrida à Casa Branca, explica a analista Ana Cavalieri.
Apesar de considerar que “Trump não é imbatível” e de ser possível que Nikki Haley possa “conseguir uma vitória ou pelo menos aproximar-se Trump em New Hampshire e depois ir para o estado dela, em South Carolina, que possa ser uma luta uma bocadinho mais renhida, mas convém dizer que Trump tem Iowa, New Hampshire e South Carolina, continua à frente e tudo indica que vai ser o nomeado do Partido Republicano”, considera Ana Cavalieri.
No entender da analista política, os processos judiciais não vão abalar a popularidade de Trump e podem até jogar a seu favor. Na quinta-feira, arrancou a fase final de um julgamento, hoje arranca outra.
"Eu penso que o torna mais forte. O processo começa hoje a vários processos que correm contra Trump recaem neste calendário eleitoral.
Como candidato, obviamente vai sofrer em termos logísticos, vai tentar responder a estes processos legais enquanto está a fazer campanha, o que justamente é mais complicado.
Mas ele consegue, no fundo, avançar com a narrativa que o que está a motivar estes operadores, que são todos alinhados com o Partido Democrata, é no fundo uma perseguição política e não verdadeiramente um senso puro de justiça".
Ana Cavalieri sublinha que “essa argumentação tem muito acolhimento em grande parte do eleitorado”.
Neste momento, Donald Trump aparece nas sondagens nacionais ligeiramente à frente de Joe Biden, que à partida será o mais provável candidato às próximas eleições.
“Biden neste momento tem um índice de pior popularidade que alguma vez foi registado na história das sondagens, porque ele está enfraquecido e na própria base democrata dele. também está com a coligação completamente partida ao meio por causa da questão de Israel e Gaza.”
“Eu adiantaria que Trump tem vantagem nas eleições gerais em novembro".
“Espera-se uma campanha pouco ética. Neste momento ambos os candidatos vão estar preparados para fazer ataques brutais pessoais, o eleitorado não vai ganhar com isso”, conclui a analista, em entrevista na SIC Notícias.