A Ucrânia foi, esta madrugada, novamente alvo de ataques russos, onde pelo menos cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas. Para o comentador SIC Germano Almeida, ao ter feito este ataque “a Rússia quer mostrar que ainda tem superioridade”. Sobre o Médio Oriente, foi apresentada uma proposta de pausa de dois meses nos combates, que “a confirmar-se, será de longe o maior acordo desde o início da guerra”.
Enquanto a NATO avança com os maiores exercícios militares desde a década de 80, os parceiros europeus tentam dar resposta aos pedidos ucranianos de armamento, considerando o comentador que "estão a haver dois movimentos contraditórios”.
Sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia, Germano Almeida deixa ainda duas notas.
"O Gabinete de Zelensky está a preparar um encontro entre o Presidente ucraniano, e o primeiro-ministro húngaro, [Viktor] Orbán, que pode acontecer até ao final do mês […]. Sabemos também que há agora outro país menos importante, que está a arriscar algum bloqueio: a Eslováquia. Robert Fico, que todos dizem que é pró-Putin e pró-Rússia, vai à Ucrânia e à Alemanha o que é uma boa notícia.
Pausa de “até dois meses” no conflito no Médio Oriente?
Israel fez uma proposta de trégua de dois meses na guerra em troca da libertação dos reféns que o Hamas ainda mantém na Faixa de Gaza, segundos informações divulgadas ontem no jornal israelita Walla, citando dois altos funcionários israelitas.
Segundo o Walla, com acesso a fontes de alto nível entre as autoridades israelitas, o governo de Benjamin Netanyahu enviou ao Egito e ao Qatar, os principais mediadores no conflito com o Hamas, uma proposta de cessar-fogo de dois meses no enclave em troca da libertação dos reféns.
“Pausa nos combates, não é cessar-fogo, e essa nuance é fundamental para perceber a possível boa solução que isso possa ter. A confirmar-se, será de longe o maior acordo desde o início da guerra”, esclarece o comentador, acrescentando que, a acontecer, esta pausa terá como objetivo conseguir a totalidade dos reféns.
Nos últimos dias, as famílias intensificaram os protestos junto de Netanyahu para que este chegue a um acordo e tome medidas para a libertação dos reféns. O primeiro-ministro mostrou-se relutante em chegar a um acordo com o Hamas e defendeu a pressão militar como forma de garantir a sua libertação.
“Na verdade, com esta proposta Israel está disposto a ir o mais longe que até agora, com esse objetivo. É preciso perceber que a pressão sobre Netanyahu e o Governo de Telavive, relativamente à libertação dos reféns, é enorme pelo vista interno […]. Netanyahu sabe que tem que mostrar resultados relativamente aos reféns, pois está a ser acusado de até agora estar a pôr a guerra em primeiro lugar”, explica o comentador.
Germano Almeida acrescenta ainda: “E já agora, Biden também sabe que precisa de resolver nos próximos meses esta questão, porque ela vai complicar lhe a reeleição”.