Mundo

Israel matou mais de 370 palestinianos após nova decisão do Tribunal Internacional de Justiça

O Tribunal Internacional de Justiça reconheceu, na passada sexta-feira, que "algumas alegações" contra Israel se enquadram na violação da Convenção do Genocídio e garantiu que iria investigar.

Israel matou mais de 370 palestinianos após nova decisão do Tribunal Internacional de Justiça
RONEN ZVULUN

Israel matou mais de 370 palestinianos depois da decisão do Tribunal Internacional de Justiça de investigar as acusações de genocídio na Faixa de Gaza.

As forças israelitas terão ainda bombardeado vários hospitais em Khan Younis, no sul de Gaza, e destruído blocos residenciais. O relatório, divulgado pela missão da Palestina na ONU, mostra também que, mesmo depois do Tribunal ter decretado que Israel tem de acabar com os impedimentos à entrada de ajuda em Gaza, o exército matou palestinianos que esperavam pelos camiões humanitários.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) reconheceu, na passada sexta-feira, que "algumas alegações" contra Israel se enquadram na violação nas disposições da Convenção do Genocídio, tendo a juíza Joan Donoghue anunciado que o tribunal a que preside tem jurisdição para avaliar a queixa por genocídio contra Israel.

Nesta primeira deliberação, 15 dos 17 juizes do Tribunal de Internacional de Justiça das Nações Unidas votaram a favor da necessidade urgente de proteger a população de Gaza de actos de genocídio.

Esta não é ainda a decisão final sobre a acusação de genocídio levada a tribunal pela África do Sul, que poderá demorar meses, mas é um reconhecimento formal de que a população de Gaza está em risco.